:: Pontuando diferenças na hora de estender direitos aos LGBTs
Presidente americano, Barack Obama, assina decreto
do executivo federal regulamentando a proibição à discriminação nas empresas
federais em razão de orientação sexual e identidade de gênero.
Por mais que se trate de um assunto doméstico
estadunidense, não poderíamos deixar de ao menos “tocar” num tema que é tão caro
para muitos de nossos irmãos: a questão do respeito à dignidade e da igualdade
de direitos para os LGBTs.
O que chama a atenção para o fato é que, dias antes
(no dia 1º de julho), diversos segmentos cristãos conservadores assinaram carta
em conjunto tentando barrar a proibição. Sim, cristãos de renome como Rick
Warren, da mega-igreja Saddleback Church, entidades e associações como a
Universidade Católica da América, a Cristianismo Hoje, a World Relief, a
Catholic Charities USA, entre outras, não querem que pessoas sejam protegidas,
No mesmo documento chegam a tentar constranger o presidente apelando para a fé
cristã, fazendo-o lembrar que o “casamento é entre um homem e uma mulher” e que
os empregadores que defendem sua “identidade religiosa”não podem ser afetados,
que o “bem comum sofre”. Não, vocês não leram equivocadamente. Eles defendem o “status quo” porque, afinal, é da
identidade religiosa de alguns discriminar sem culpa!
No entanto, em que pesem as alianças conservadoras
na Câmara que bloqueiam toda medida visando oferecer igualdade aos cidadãos
LGBTs, o presidente resolveu usar do decreto executivo (Executive Order) para
sanar a lacuna existente e com isso conquistar o importante apoio de diversos
grupos e entidades ligados à defesa dos direitos humanos, em especial dos
LGBTs. Em outras palavras: Obama enfrentou os parlamentares ligados ao lobby
religioso conservador, correndo sério risco de represálias, preferindo
reconhecer direitos igualitários. Tudo a ver com o que vemos acontecendo em
nossa Pátria Amada Brasil, certo? Não!
Por aqui, a força do lobby da Frente Parlamentar Evangélica (que tem explícito apoio da bancada católica romana) é tão grande que amarra o Executivo federal, ameaçando trancar a pauta dos diversos projetos do Planalto dentro do Congresso. O resultado? Cede-se em nome de outros interesses tidos como não menos importantes... afinal, consideram, cidadãos LGBTs já estão acostumados à penumbra, às margens...
Por aqui, a força do lobby da Frente Parlamentar Evangélica (que tem explícito apoio da bancada católica romana) é tão grande que amarra o Executivo federal, ameaçando trancar a pauta dos diversos projetos do Planalto dentro do Congresso. O resultado? Cede-se em nome de outros interesses tidos como não menos importantes... afinal, consideram, cidadãos LGBTs já estão acostumados à penumbra, às margens...
Fica aqui o exemplo do presidente americano na sua
luta igualitária (ainda que, no fundo, tal como qualquer político, esteja de
olho nas eleições), na sua forma de enfrentamento de uma questão que atinge em
cheio a segurança de milhares de cidadãos no que diz respeito à sua dignidade e
que, por extensão, ataca privilégios daqueles que não desejam dividir direitos
com ninguém.
Parabéns ao cerimonial da Casa Branca que se
lembrou de convidar para o histórico evento representantes trabalhadores e do
clero que luta em prol dos direitos dos LGBTs (como se veem nas imagens: da
Igreja Episcopal os representantes enviados: bispo Gene Robinson e a Revdª
Susan Russell, além de Vivian
Taylor, diretora executiva do Integrity; da
Metropolitan Community Church a moderadora internacional: bispa Nancy Wilson; entre outros líderes religiosos).
Fontes: Estadão Internacional e Inc.com
Movimento Episcopaz - Anglicanos Pró-Diversidade & Pela Paz
Coordenação
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