:: Santo do dia & inclusão



No dia em que a Igrejas católicas ocidentais (romana e anglicana) celebram São Simão e São Judas Tadeu nossa Pastoral, como algumas vezes faz, recorda a existência de outras comunidades anglicanas/episcopais espalhadas pelo mundo e que carregam a Missão de incluir todas as pessoas no amor incondicional de Jesus. Ambientes históricos e inclusivos, sem contudo serem inclusivistas ou exclusivistas (aqueles cuja prática eclesiológica foca apenas numa categoria de pessoas: heteroafetivos, homoafetivos, negros, brancos, ricos, pobres, etc). 

As imagens são da histórica e centenária Igreja Anglicana de São Judas, no bairro de Randwick , Sidney, ligada à Igreja Anglicana da Austrália, fundada em 25 de maio de 1861.

O que torna uma igreja inclusiva? 

As boas vindas a todas as pessoas, independentemente de qualquer característica que tenha, raça, origem, sexo ou orientação sexual. Pessoas são únicas, de modo que todos os batizados podem se aproximar da Mesa do Senhor; todas as pessoas podem se achegar e participar da dinâmica na vida eclesial, a sós ou acompanhadas por seus esposos, esposas, companheiros e companheiras e também seus filhos. Ninguém será discriminado. A “normatividade” não separará pessoas ou casais. Pastorais poderão surgir espontaneamente como ferramentas no anúncio da Missão. Testemunhos serão dados de que de fato o ambiente é acolhedor, misericordioso e cristão. 


No exemplo que oferecemos, em homenagem ao apóstolo São Judas (também chamado São Judas Tadeu), as imagens de uma comunidade que bem poderia fazer parte da Rede Anglicana Pró Diversidade & Pela Paz, famosa por seus movimentos de inclusão, por ser um dos prédios históricos mais antigos de Sidney, pelo cemitério que mantém e pela Sociedade São Judas de Sineiros, fundada desde 4 de outubro de 1864.

Então, não há nada essencialmente novo nos movimentos de inclusão? 

Se pensarmos pelo lado do "ethos anglicano", não. Há muitas comunidades, algumas bem antigas, que naturalmente agregam e incluem sem levantar bandeiras senão a do Evangelho, que nos convidam a sermos e a tornarmos os ambientes acolhedores a todas as pessoas. Uma das razões para que isso seja uma realidade tem a ver com a decisão de não ser "contaminado(a)" pelo fundamentalismo religioso. 

Trazendo para o contexto de nosso país, em termos de Brasil, tem a ver com a decisão de não querer "ensimesmar-se" num clube de velhos amigos ou num ambiente onde todas as pessoas são clones umas das outras, o que facilita uma eventual discriminação a quem for diferente, a quem ousar chegar acompanhado com um companheiro ou companheira num exemplo diverso de família. 

O desafio, portanto, é seguir o fluxo do Evangelho e a não dar ouvidos aos falsificadores desta Mensagem eterna, pois Deus NÃO FAZ acepção de pessoa alguma. Por que faríamos nós? 

No dia de São Simão e São Judas (Tadeu), apóstolos,

R. P.
Movimento Episcopaz
Anglicanos Pró Diversidade & Pela Paz

Imagens por Facebook/ Flickr/ Site da St. Jude's Anglican Church

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