:: Nada de bandeiras. Pregamos a Cristo e Cristo para todas as pessoas!


O Evangelho não é neutro nem é ideológico.

O Evangelho não abre lugar para nos tornarmos neutros em relação a nada.

Uma vez que o Evangelho sejam as palavras de vida não há nada nesta vida que nos torne associados de fidelidades absolutas.  O compromisso do Evangelho é com a condição humana, tem a ver com a justiça do reino de Deus, que não cabe a sistemas ideológicos, em razão de sua relatividade.  Tornar a Mensagem do Evangelho como Missão, proclamando que Deus não faz acepção de pessoa alguma, precisa ser o compromisso para com a justiça e a verdade que se encontra na Palavra de Jesus. O cuidado é para que não se caia no “ismo”, na ideologização da Mensagem. Como fazer? Sendo coerente. Ora, o Evangelho não é uma ideologia política, embora possa ser a ideologia ética de quem quer experimentar, anunciar e se posicionar em Jesus, em quem se interpreta a sociedade, as relações e a nós mesmos, se de fato nos vemos como sendo Dele. A coerência com a Mensagem pesa quando “só” estamos anunciando para um só grupo de pessoa, esquecendo-nos de todos os demais. Aí reside a diferença para os movimentos inclusivistas (ou, como melhor seria, exclusivistas). Inclusão nada tem a ver com a “guetificação” da Missão ou da Igreja. Inclusão tem a ver com o chamado para ser alvo dos benefícios da Cruz, os quais já estão à disposição pela fé em Jesus, em Quem já alcançamos perdão, reconciliação e, portanto, temos paz com Deus.

A Rede Anglicana Pró Diversidade e Pela Paz quer continuar anunciando o Evangelho sem cair nos “ismos”, sem esquecer da causa do pobre, do desamparado, do idoso, do negro e de todos que sofrem racismo, do imigrante e do indígena, da mulher, da criança, do adolescente, do portador de deficiência, do encarcerado, do LGBT e de todo aquele que foi criado à imagem e semelhança de Deus.

A Igreja de Cristo não toma partidos, mas ela abraça a condição humana em toda sua complexa diversidade e convida a toda pessoa a desfrutar do gozo do reino preparado para os filhos e as filhas do Pai Celestial, os quais e as quais não nasceram da vontade da carne nem do sangue, sequer de suas obras de obediência ou humana justiça, da cor da epiderme, orientação sexual, etnia ou qualquer outra categoria que nos distinga, mas tão somente de Deus.

Assim tem sido e assim continuará sendo, pois não há mais distinção entre nós diante de Deus (homem, mulher, escravo, livre, judeu, gentio, rico, pobre, heteroafetivo, homoafetivo, etc). Metaforicamente, tal como dito por Jesus, como ramos de uma imensa Videira fomos enxertados e já podemos viver com a mesma seiva de amor que nos alimenta por igual!

Todos alcançamos tal compreensão? Ainda não. É por isso que pregamos, a tempo e fora de tempo. É por isso que convidamos a muitas outras comunidades a nos darem as mãos, pois há gente cansada e sobrecarregada das violências e das intolerâncias do cotidiano, buscando sinais que nos identifiquem como portadores da Mensagem das Boas Novas que lhes inclua também.

Por que sua comunidade ficaria de fora?

Dê-nos suas mãos e una-se fraternalmente em nossa Rede!

Naquele que nos atraiu com amor eterno, nos amou sendo nós ainda pecadores e pela sua Justiça, a Justiça do reino, nos chamou pra perto,



R. P.
Movimento Episcopaz
Rede Anglicana Pró Diversidade e Pela Paz
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil

Rio de Janeiro, 03/02/2015 

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