Igrejas de Portas Vermelhas ::..
Quando uma paróquia propaga os valores do reino e resolve dar boas vindas a todos e a todas, de verdade
Ao
pintar as portas frontais de vermelho brilhante os integrantes do Movimento das
Igrejas de Portas Vermelhas segue a antiga tradição que portas vermelhas nos
primórdios da Igreja significava um lugar de segurança e refúgio. Por exemplo,
um soldado não poderia perseguir um inimigo que tinha entrado pela porta
vermelha de uma igreja. Em diversas dioceses, paroquianos se unem em frente às
portas vermelhas e não deixam que o Serviço de Imigração entre para flagrar
imigrantes em estado de vulnerabilidade.
Portas
vermelhas significam que por trás delas o solo é sagrado e a igreja é uma
igreja-santuário, que protege as pessoas do mal físico e espiritual. Desde os anos
60, nos EUA, diversas igrejas episcopais (anglicanas) e luteranas proclamam com
suas portas vermelhas que suas igrejas são um refúgio para a cura emocional e
espiritual, sendo também um lugar de refúgio e segurança, perdão e
reconciliação. Em outras palavras, portas vermelhas convidam a todos e todas
para se aproximarem de um espaço preenchido com o Espírito Santo e os valores
solidários e inclusivos do reino de Deus.
Imagem: portas duplas frontais em vermelho brilhante da paróquia episcopal de São Lucas (em Saranac Lake, Nova York), que se orgulha de seu histórico inclusivo e de causas solidárias a imigrantes, etc.
Imagem: portas duplas frontais em vermelho brilhante da paróquia episcopal de São Lucas (em Saranac Lake, Nova York), que se orgulha de seu histórico inclusivo e de causas solidárias a imigrantes, etc.
Como
proclamado na homilia do 7º domingo após a Epifania (em 23/02), pelo padre Luiz
Coelho:
“Nós temos que ser santos... aplicando o amor a todas as pessoas. Este lugar tem que ser santo, por isso ‘santuário’. Ser igreja-santuário é ser ambiente onde se pode encontrar amor e compaixão (...). Nos anos 60, nos EUA, esse movimento [de ser igreja-santuário] demarcava que ali os valores do reino prevaleciam [sobre qualquer injustiça, intolerância, etc].”
A Paróquia da Santíssima Trindade, no bairro carioca do Méier, através de sua visão ministerial e atuação paroquial, que inclui as ações do Movimento Episcopaz – Pastoral de Direitos Humanos, tem buscado adorar a Deus no serviço ao seu povo e a toda comunidade dentro de um amplo universo de oportunidades que podem ser resumidas em seis condições mínimas que nos tornam realmente inclusivos.
Desse
modo, buscamos através da solidariedade, do serviço, do compromisso com as
causas e do pastoreio de todos aqueles e aquelas que se aproximam, entre os
quais, destacamos aqueles e aquelas ligados a grupos de vulnerabilidade:
1)
Minorias étnicas
2)
Portadores de deficiência
3)
Homoafetivos e demais sexualidades ligadas às minorias LGBT
4)
Pessoas oriundas de áreas de vulnerabilidade social
5)
Mulheres
6)
Crianças, adolescentes e idosos
Portanto,
reconhecemos os muitos desafios enquanto paróquia local diante do Chamado a
servir todas as pessoas, abraçando sobretudo aqueles e aquelas que são
vitimados pelo preconceito, pela intolerância, pelo abuso e pela violência,
seja física, emocional ou até mesmo social. Ao abraçar damos as boas vindas,
certos que a união e o empenho de todos facilitará o ambiente que desejamos
ser: uma igreja-santuário.
Ao
entrar por nossas portas, você saberá que não será convidado(a) a ser um(a) anônimo(a),
nem você nem a sua causa por um mundo mais justo e pacífico. Não receamos em
nos comprometer com a causa do oprimido e do marginalizado pelos sistemas vis
do mundo; muito pelo contrário. Servindo a Deus dessa maneira dizemos a você:
entre e seja de fato bem-vindo e bem-vinda.
Vem
pra Trindade!
Rua
Carolina Méier, 61, Méier, Rio de Janeiro
Santa
Missa aos domingos, 11h
E-mail: contato@trindademeier.org
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