:: Há espaço para todos ::..
:: Só os egocêntricos (e os ignorantes) dizem o contrário ::
Manchete do jornal O Globo anuncia: “50 anos depois, conservadores tentamreeditar ‘Marcha da Família com Deus Pela Liberdade’”. Os conservadores têm direito de se expressar. Aliás, todos nós temos este direito. É constitucional.
Qualquer pessoa com razoável bom senso, no entanto, saberá compreender (e aceitar!) que uma coisa é manifestar um pensamento, uma ideologia; outra, bem diferente, é tentar impor o que se pensa como verdade para todos, inferiorizando quem ousar pensar ou ser diferente. Pior ainda, tentar calar quem é diferente. Infelizmente, não apenas a bancada evangélica como a católica, quando lhes convêm, se unem para impedir que haja quem pense, creia e viva diferente (deles). Eles travam as pautas, se articulam em acordos pela presidência e relatoria de comissões e subcomissões ligadas a família, com o único intuito: bloquear qualquer dispositivo que permita uma interpretação mais ampla acerca do que é família, casamento, adoção, etc. Só pode valer o que eles (das bancadas religiosas) determinam ser bom e legítimo para todos --, pensam.
Ocorre que entre o preto e o branco há muitas tonalidades de cinza. Há diversidade delas. Assim existe na Natureza e na complexidade do universo dos seres humanos. Ignorância pura e simples é pensar que só se pode ser milionário ou miserável; cristão ou ateu; comunista ou capitalista; canhoto ou destro; gigante ou anão; triste ou feliz.
E, através da disseminação da inverdade (ou seria maldade mesmo?), apregoam: ou o núcleo familiar é homem + mulher ou então descambou para a promiscuidade. Sem meio termo. Só existe meio termo quando o assunto é explicar por que eles (os religiosos cristãos conservadores ou ultraconservadores) não seguem toda a lei bíblica veterotestamentária, pinçando (por desonestidade exegética) apenas o que lhes convier na maior cara de pau...
Mas a vida -- e o Senhor da Vida -- demonstra que para toda a ignorância existe a possibilidade de ampliar os horizontes e enxergar com bom olhar sobre a vida e as pessoas (dá uma pausa e confere lá em Mateus 6, 22-23) que existem núcleos familiares decentes e saudáveis formados por homem solteiro, viúvo ou divorciado + filho; mulher solteira, viúva ou divorciada + filho; avós + netos sob sua guarda ou tutela; tios + sobrinhos sua guarda ou tutela; homem + homem; homem + homem + filho(s); mulher + mulher; mulher + mulher + filho(s); etc, tudo sob o amparo das leis civis. Ninguém deve nada (em termos de moral, dignidade ou verdade) a ninguém!
Aprendamos com Jesus, que quebrou tabus morais e religiosos, mostrando que há vida para além do “guetos dos judeus” (afinal, elogiou fé, comeu, se alegrou e até pernoitou na casa de pecadores e pagãos), que um homem pode ter diálogos emocionantes com uma mulher, o que era ilícito (salvo se fosse da família dela ou tivesse intenções de desposá-la); que já não mais há para Deus “escravo ou livre, homem ou mulher”...
Diversidade é, indubitavelmente, uma grande ideia de Deus.
Ignorância tem cura: o amor de Deus.
Ricardo
Pinheiro
Movimento Episcopaz
Anglicanos pró-diversidade & pela paz
No 21/03, dia internacional da Síndrome de Down
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