:: Jesus e seu jeito teimoso de amar ::..



 


:: Uma parábola sobre o justiçamento de uma adúltera e a força do Evangelho, que não se fundamenta na moral - E para que não reproduzamos os ensinos legalistas ou moralistas dos fariseus ::


1ª Parte:

Os evangelhos não relataram, mas conta-se que depois que Jesus livrou a mulher adúltera de ser apedrejada, muitos de seus seguidores mais próximos murmuraram entre si:

"Defensor de pecadores, deve ser tão pecador quanto ela"

"Tá com pena da adúltera? Por que não leva ela pra casa?"

"Queria ver se fosse a esposa dele, se ele ia falar o que falou"

"Tinha que prender ela pelo pescoço com uma corda numa figueira e apedrejar, tirando um pedaço da orelha. Agora ela vai voltar a adulterar"

"Banalizou o adultério. Vai todo mundo agora fazer igual"

"Semana passada, os romanos queimaram uma menina e ninguém veio defendê-la. Agora, ficam defendendo uma adúltera. É o fim..."

2ª Parte:

Certa feita li, numa obra cristã, que o Gênesis do ministério de Jesus é tomar as “talhas que os judeus usavam para as purificações” e enchê-las de vinho!

Lido apressadamente não conseguimos perceber a profundidade do que o autor dessas palavras quis dizer. Ele fala do Evangelho e de como ele nos desmonta absolutamente qualquer ideia que carreguemos acerca de Deus. Na verdade, Deus vai muito além de nossa capacidade humana de pensa-Lo, de imaginar como Ele (nos) ama. Em suma, a proposta do Evangelho é que se deve começar outra vez a partir de contêineres que se deixem curtir no vinho novo, que de acordo com o apóstolo João, não é novo, mas aquele que desde o princípio tivemos!

Com isso, sou remetido a uma outra reflexão:

A Graça de Deus é livre, absurdamente livre, para desmontar qualquer tentativa de autojustificação diante do Deus de Amor, de fazer de obediências a ritos e preceitos o seu "aio", a sua "muleta", e é plenamente livre para levar a Graça do Cordeiro a quem quiser e como bem desejar.

Já parou para pensar no "escândalo" que é a liberdade de Deus?

Todavia, que ninguém faça disso a evidência de sua salvação. A salvação é conhecer e ser conhecidos por Deus, em Jesus. E mais: é produzir o fruto que dessa verdade de ser nasce agora naturalmente de modo sobrenatural.

Oremos ao Senhor:


Jesus, obrigado por teres feito o Caminho Largo o Suficiente para eu passar! E obrigado, porque na minha fraqueza teu poder se aperfeiçoou e, assim, tendo provado de todos os tempos, épocas e estações da vida, aqui estou para dizer, mais uma vez: ‘Para quem irei? Só Tu tens as Palavras da Vida Eterna!


Com a contribuição da amiga Cristiana Serra (Diversidade Católica), que nos apresentou um belo texto de seu amigo e historiador, Lair Amaro (cfr. reprodução na 1ª parte).

R. P.
MOVIMENTO EPISCOPAZ
08/02/2014

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